Diferenças entre
hipotireoidismo e o hipertireoidismo
Problemas na tireoide afetam mais de 15% dos brasileiros, e muitos deles não sabem
Por Fernando Menezes - publicado em 30/11/2010
Cerca de 15% da população sofre com problemas na tireoide,
o que coloca essas doenças entre as que mais atingem os brasileiros,
principalmente o sexo feminino, de acordo com o censo do IBGE, Outro
dado da instituição afirma que cinco milhões de mulheres não sabem que
tem algum tipo de disfunção na tireoide por falta de conhecimento dos
sintomas.
"Os maus que mais acometem a tireoide são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a aparição de nódulos benignos nessa glândula. Todas essas alterações podem ser tratadas sem maiores problemas se diagnosticadas rapidamente. Contudo, como os sintomas são difíceis de detectar, uma grande parte das pessoas que sofre com problemas na tireoide não consegue identificar o problema", explica Pedro Saddi, endocrinologista da Unifesp.
"Os maus que mais acometem a tireoide são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a aparição de nódulos benignos nessa glândula. Todas essas alterações podem ser tratadas sem maiores problemas se diagnosticadas rapidamente. Contudo, como os sintomas são difíceis de detectar, uma grande parte das pessoas que sofre com problemas na tireoide não consegue identificar o problema", explica Pedro Saddi, endocrinologista da Unifesp.
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A
tireoide, que se localiza no pescoço, libera dois hormônios essenciais
para o bom funcionamento do organismo, o T3 (tri-iodotironina) e o T4
(tiroxina). Eles regulam a velocidade do metabolismo e interferem no
desempenho de órgãos importantes, como o coração, rins e também no ciclo
menstrual. Por isso, qualquer disfunção na tireoide afeta várias
funções vitais do nosso corpo. É importante, portanto, conhecer as
principais diferenças entre as duas doenças mais comuns na tireoide: o
hipotoreoidismo e o hipertireoidismo. Confira aqui.
O hipotireoidismo
O hipotireoidismo pode ser
classificado como a baixa produção dos hormônios produzidos pela
tireoide. O sexo feminino é mais afetado com essa falha na produção no
T3 e T4. Estimativas feitas pelo IBGE dizem que atinja cerca de 10 vezes
mais as mulheres do que os homens. Isso acontece principalmente no
climatério, última menstruação antes da menopausa, quando o tipo mais
comum de hipotireoidismo, a Tireoidite de Hashimoto, se mostra mais
comum.
"Os sintomas de hipotireoidismo podem ser resumidos em todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado"
O
hipotireoidismo pode ser causado por uma série de motivos, embora o
mais frequente seja uma variação autoimune, quando o próprio corpo
começa a atacar a tireoide. Esse tipo de hipotireoidismo é classificado
como Tiroidite de Hashimoto. "A doença de Hashimoto corresponde a 95%
dos casos de hipotireoidismo. Ela acontece quando os próprios anticorpos
do organismo encaram a glândula tireoide como um corpo estranho no
organismo", diz a endocrinologista e metabologista Gláucia Duarte, da
USP.
Outro fator que pode causar o hipotireoidismo é a quantidade de iodo no organismo. Tanto altas doses como baixos níveis dessa substância no organismo podem afetar a produção dos hormônios T3 e T4.
Outro fator que pode causar o hipotireoidismo é a quantidade de iodo no organismo. Tanto altas doses como baixos níveis dessa substância no organismo podem afetar a produção dos hormônios T3 e T4.
Sintomas
Os sintomas podem ser resumidos em
todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado, como menor
número de batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular,
diminuição da memória, cansaço excessivo e dores musculares.
Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor - que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo. "Esses sintomas não aparecem repentinamente, ou em conjunto, e podem variar de pessoa para pessoa", diz Glaucia Duarte. Por isso, é difícil fazer o diagnóstico precocemente.
Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor - que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo. "Esses sintomas não aparecem repentinamente, ou em conjunto, e podem variar de pessoa para pessoa", diz Glaucia Duarte. Por isso, é difícil fazer o diagnóstico precocemente.
Alimentação
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Segundo
Glaucia Duarte, a alimentação não determina o surgimento da doença.
Como fator de proteção, os alimentos ricos em selênio são uma boa
opção."O selênio parece contribuir para o bom funcionamento tireoidiano.
Além disso, este mineral tem um papel antioxidante, que também age no
controle de radicais livres que podem causar danos às células saudáveis
do corpo. As melhores fontes de selênio encontradas na natureza são
peixes, alho, cebola, pepino e cogumelo", explica Gláucia Duarte.
Outro nutriente que pode fazer bem a
tireoide é o iodo. "Os fabricantes de sal de são obrigados por lei a
colocar uma quantidade de iodo que possa prevenir doenças na tireoide. A
ingestão de frutos do mar e algas, também ajuda a aumentar os níveis de
iodo no organismo", explica o endocrinologista Pedro Saddi. Não é
preciso salgar demais a comida, já que ingerir mais do que seis gramas
de sal e de iodo pode até ser prejudicial à saúde da tireoide.
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Mas,
de acordo com Gláucia Duarte, existem alimentos conhecidamente
bociogênicos (causadores do aumento do volume da tireoide), e seu
consumo não deve ser exagerado, já que, somados com outros fatores como
pré-disposição genética e falta de iodo no organismo, podem causar
problemas na tireoide. Entre esses alimentos estão o repolho,
couve-de-bruxela, brócolis, espinafre e couve-flor.
Tratamento
O tratamento consiste na reposição
hormonal, em geral, à base de levotiroxina (L-T4). "O comprimido é
tomado uma vez ao dia, cedo, em jejum. Solicita-se que a alimentação
ocorra somente após 30 minutos da ingestão da medicação, pois os
alimentos aumentam o pH estômago, diminuindo a absorção da
levotiroxina", explica Glaucia.
O hipertireoidismo
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O
hipertiroidismo, mesmo sendo um pouco menos comum que o
hipotireoidismo, ainda afeta milhões de pessoas no Brasil, segundo dados
do IBGE. Assim como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo é mais comum
nas mulheres. "O sexo feminino está mais propenso a ter essa doença. Os
números da Organização Mundial da Saúde estimam que as mulheres sofrem
até cinco vezes mais com o hipertireoidismo do que os homens", diz
Gláucia Duarte.
Causas
A causa mais comum de
hipertiroidismo é quando a glândula da tireoide encontra-se
exageradamente ativa, produzindo uma excessiva quantidade de hormônios,
condição denominada também de bócio difuso tóxico ou Doença de Graves.
Outros problemas, como tumores e excesso de iodo no organismo também podem fazer com que a tireoide passe a produzir uma quantidade maior de T3 e T4, causando assim mudanças em todo o corpo.
Outros problemas, como tumores e excesso de iodo no organismo também podem fazer com que a tireoide passe a produzir uma quantidade maior de T3 e T4, causando assim mudanças em todo o corpo.
Sintomas
Os principais sintomas do
hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja,
irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima
de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas,
ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem
intenção.
Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. "A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico", comenta Perdo Saddi.
Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. "A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico", comenta Perdo Saddi.
Alimentação
Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração no metabolismo
O
excesso de ingestão de iodo (alimentos ricos em iodo: ostras, moluscos e
outros mariscos e peixes de água salgada, algas, consumo excessivo de
sal iodado) pode, em indivíduos predispostos, levar ao quadro de
hipertiroidismo e suas complicações (arritmias cardíacas, por exemplo),
principalmente em idosos.
Tratamento
De acordo com a endocrinologista
Glaucia Duarte, o tratamento com medicamentos específicos, como Tapazol
ou Propiltiouracil, que reduzem a função tireoidiana e controlam a
produção hormonal pela tireoide, é o mais comum. Esses dois medicamentos
são administrados pela via oral, e devem ser receitados por um médico.
Outro tratamento bastante comum é
com iodo radioativo, mais conhecido como radiodoterapia. Durante esse
tratamento, a glândula tireoide absorve o iodo da circulação e quando
ele penetra na glândula, começa a destruí-la lentamente. Esse processo
pode durar meses, mas tem efeito definitivo.
Nos
casos em que a glândula foi afetada por um tumor, existe a opção da
cirurgia para a retirada da tireoide, após isso deve haver o tratamento
com medicamentos para a reposição hormonal.
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/12463-descubra-as-diferencas-entre-hipotireoidismo-e-o-hipertireoidismo#.UgJ4-3_3Mg8
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