Terapia Cognitivo-Comportamental
Escrito por:
Carine Campos |
Publicado em: 09 de Junho de 2010
Categoria:
Psicologia Cognitiva
A terapia cognitiva se baseia em uma
formulação em contínuo desenvolvimento do funcionamento do cliente em
termos cognitivos. Levanta hipóteses sobre eventos-chave,
desenvolvimentais e atuais e padrões duradouros de interpretação desses
eventos – crenças arraigadas, como atribuir conquistas à sorte e
fracassos à falta de talento pessoal. No consultório, buscamos
estabelecer uma aliança segura entre terapeuta e cliente, onde este
sinta cordialidade, atenção, respeito genuíno, empatia e competência.
Buscamos ouvir com atenção, resumir acuradamente, fazer apontamentos,
questionamentos e indicações fundamentadas em nossas técnicas e
experiências, sendo realisticamente otimista.
A participação ativa do paciente é incentivada, para que aos
poucos vá adquirindo excelência em fazer seus próprios entendimentos
mais acertados, com isso, na terapia estamos trabalhando também a
prevenção de recaída. Orientada em metas, a Terapia Cognitivo-Comportamental enfatiza principalmente o funcionamento presente do cliente e aquilo que ele quer alcançar.
Ensinamos o cliente a identificar, avaliar e responder a seus
pensamentos e crenças disfuncionais, utilizando uma variedade de
técnicas para reconstruir o pensamento, equilibrar as emoções e
aprimorar o comportamento.
Exemplos de pensamentos disfuncionais:
Pensamento dicotômico – sem meio-termo. “Nunca vou conseguir”, “Ou faço isso agora ou não haverá outra chance pra mim”.
Ditadura dos “deveria” – “Eu tenho que... senão...” “Os outros deveriam...”
Frequentemente, a forma de pensar do individuo lhe acarreta problemas
que parecem se repetir constantemente, dando uma sensação de que numa
determinada área da vida a pessoa é azarada ou não é competente. A
maioria dos clientes chega à terapia neste ponto, seja por questões
emocionais ou por momentos de perda ou necessidade de decisões. Também é
comum que a pessoa já entenda que o xis da questão está em sua forma de
pensar, mas por algumas razões ela, sozinha, não está conseguindo
alterar sua forma de reagir.
Todos nós reagimos ao ambiente baseados em nossas crenças, nas regras
sociais introjetadas e nas expectativas sobre a vida e os
acontecimentos.
Um mesmo acontecimento desagradável, para duas pessoas diferentes,
trará diferentes reações e sentimentos. Uma pode se afundar a partir
disso e a outra pode sair da situação fortalecida.
A Terapia Cognitivo-Comportamental atua, sobretudo, no nível
do pensamento (Interpretação das situações), formulando entendimentos,
verificando as funções no seguinte esquema:
Fato/Situação -> Interpretação/Crenças -> Emoção -> Comportamento
Atua ainda no treinamento comportamental para mudança de hábitos, que
leva o cliente a ter maior domínio sobre fatores que antes lhe pareciam
fora de controle. Este treinamento é uma parte bem prática da terapia.
É importante ressaltar que os clientes podem encontrar dificuldades
ao participar da psicoterapia, porém, que ao estarem em sofrimento
precisam assegurar um momento para si mesmos. Algumas dessas
dificuldades se devem à negação do problema, com isso o cliente
freqüenta, mas não se compromete, ou abandona precocemente o trabalho
que está se desenvolvendo. Outras dificuldades são de origem cultural,
ainda há uma idéia estigmatizada sobre terapias psicológicas, onde
alguns clientes se entendem como falhos ou fracos por buscarem ajuda. É
sinal de coragem e força sair do isolamento e buscar auxílio quando
percebemos que sozinhos não estamos conseguindo o bem-estar que
merecemos. Ainda, no início de alguns processos terapêuticos temos
desconforto em compartilhar nossos problemas com uma outra pessoa que
pouco conhecemos, e também em entrar em contato com nossas maiores
ansiedades e medos. Mudanças, à primeira vista, nem sempre são
agradáveis, embora geralmente possamos reconhecer que são necessárias.
http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicologia-cognitiva/terapia-cognitivo-comportamental
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