Saduceus (em hebraico: צְדוּקִים Ṣĕdûqîm bnê Sadôq, sadoquitas, em grego: Saddoukaios) é a designação da segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dos fariseus.
Também para esta seita ou partido
é difícil determinar a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois
séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus. O nome
parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia.
De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da
estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a
tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi
uma continuação dessa hostilidade que havia começado no templo dos
macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os saduceus,
pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com ambientes
helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O
conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da
Jerusalém judia.
Suas doutrinas
são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A
Bíblia afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tentado
enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse conceito. Com muita
probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuiram uma
doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.
Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram
mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém,
a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas marcas em todas
as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época
medieval.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saduceus
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