por Nutricionista Marcella Lamounier -
CRN1 3568
O gengibre
(Zingiber officinale) é uma planta nativa do Oriente, muito encontrada
na região sudeste da Ásia – China, Japão, Tailândia -, Índia e África, sendo
facilmente cultivada em países de clima tropical pelo fato do seu cultivo
ocorrer em locais úmidos e quentes. No Brasil, o plantio de gengibre ocorre ao
longo do território, mais frequente nas regiões Sul e Sudeste. O gengibre
também é conhecido por outros nomes, como gengibre africano, gengibre negro,
gengibre da Jamaica, entre outros. A planta tem flores de coloração
verde-púrpura que lembram as flores de outras espécies de
plantas, e o rizoma (caule subterrâneo) é a parte mais consumida na
culinária e na tradicional medicina oriental, sob diversas apresentações: in
natura, pó, óleo essencial, extrato, cápsulas, entre outras.
Na cultura indiana, essa planta é utilizada em
terapias de gripes, problemas digestivos, artrite, estimulador de apetite,
infecções urinárias e na prática Ayurvédica (como alimento que promove
equilíbrio do homem e traz força); na África é a mais utilizada nos tratamentos
de febre amarela e malária. Na medicina oriental, o gengibre é um dos produtos
mais empregados, sendo comumente prescrito para tratamento de dores de cabeça,
gripes e resfriados, doenças infecciosas em geral, doenças reumáticas
(osteoartrite, artrite reumatóide e gota), regulador da pressão sanguínea,
antiinflamatório, disfunção erétil e cólicas menstruais. Também pode ser usado
o óleo do gengibre como afrodisíaco.
A aplicação terapêutica mais popular do
gengibre é o tratamento para problemas gastrointestinais, para o controle de
náuseas, vômitos e enjôos, além de auxiliar na digestão daqueles que consumiram
excesso de alimentos gordurosos. O gengibre tem sido muito usado para o
controle de náuseas e vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez. Uma
pesquisa realizada na Tailândia, em 2004, verificou que o gengibre e a vitamina
B6 são efetivas na diminuição desses sintomas no início da gestação.
Em preparações culinárias, o gengibre é empregado
como tempero para realçar o sabor e o aroma dos alimentos, como por exemplo,
pães, bolos, biscoitos, e também sob forma de líquidos, tais como chás e demais
bebidas.
O gengibre é um alimento o qual possui um baixo
valor calórico, além de conter alguns minerais importantes (como magnésio e
potássio) e vitaminas (folato e vitamina B6). O gingerol é uma das substâncias
ativas presentes no gengibre com ações benéficas ao organismo: antioxidante,
antifúngico, antiinflamatório, analgésico, antipirético, inibe a agregação das
plaquetas evitando o aparecimento de trombos, ação cardiotônica, efeito
protetor de células nervosas contra doenças degenerativas e atividade protetora
contra câncer. O gingerol também é conhecido por sua ação termogênica,
auxiliando na perda de peso para quem procura emagrecer.
É necessário ressaltar que se deve tomar cuidado
com o consumo excessivo de gengibre, pois alguns estudos mostraram que a alta
ingestão pode provocar efeitos adversos, como aborto em mulheres principalmente
no início da gestação, aumento do fluxo sanguíneo nas mulheres em período
menstrual, surgimento de quadros de úlceras, azias e gastrite, aumento de
cálculos renais e prejuízos nos receptores do hormônio sexual masculino (testosterona)
nas células do organismo do bebê durante a gestação, afetando a diferenciação
sexual biológica da criança. Portanto procure um profissional nutricionista
para uma orientação adequada para cada caso específico.
Fonte:
ANutricionista.Com - Marcella Lamounier -
CRN1 3568 -
http://www.anutricionista.com/gengibre-e-suas-propriedades.html
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