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segunda-feira, 27 de maio de 2013

CUIDADO COM O ÔNIBUS LOTADO... SE ABUSADA (O), VAMOS DENUNCIAR!

Abuso sexual no transporte coletivo: o que fazer?
Mulheres vítimas de assédio no metrô e em trens têm vergonha de denunciar.
 
Foto: Banco de Imagem

          O Estado de São Paulo registrou, só no mês de setembro deste ano, 95 casos de violência sexual contra mulheres. O número foi divulgado pelo site da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e abrange todos os tipos de estupro e outros crimes contra a dignidade sexual. Indagadas sobre a situação, algumas mulheres entrevistadas – que, em alguns casos, preferiram não se identificar – revelaram que esse número seria muito maior se alguns outros fatores fossem levados em consideração: o assédio sexual no transporte coletivo.

          O abuso sexual acontece diariamente no transporte público; o problema, porém, é que não há denúncia – e as próprias entrevistadas assumem isso. Segundo um dos encarregados das estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que não quis se identificar, “faz tanto tempo que não se ouve falar disso que parece que não acontece mais”. Quando informado sobre alguns casos apurados entre as entrevistadas, o encarregado disse saber que esse tipo de coisa acontece e explica que “lamentavelmente, quem sofre não denuncia”.

          A omissão das vítimas acontece, quase sempre, pelos mesmos motivos: medo, vergonha ou sentimento de culpa. Quanto a isso, o encarregado da CPTM afirma: “Por mais que a mulher se sinta constrangida, ela precisa denunciar. Hoje temos câmeras nos novos trens e a indicação do infrator pode impedir que ele faça outra vítima”. A psicanalista Henais Deslandes explica os motivos pelos quais algumas mulheres não denunciam os casos: “De um modo geral, essas mulheres, mesmo estando com medo, se sentem culpadas pela passividade da situação. Sempre acham que poderiam ter evitado e sentem vergonha”.

          A professora Bruna P., de 26 anos, conta que um dia, na Linha 3  Vermelha do Metrô, por volta das 18h, um homem colocou para fora o órgão genital e o pressionou contra a barriga dela. Quando Bruna se deu conta, ficou "transtornada”. “A situação me fez mudar de emprego e pegar aquele trem mais cedo”. Do mesmo mal sofreu a assistente administrativa Laura P., de 28 anos. “Eu peguei no sono certa vez e, quando acordei, percebi que tinha um homem colocando seu órgão genital na minha mão, por uma abertura entre a jaqueta e a calça”, conta. Em outro caso, uma entrevistada que não quis se identificar relatou que, certa vez, um homem se sentou ao lado dela no Metrô e, enquanto tentava “esfregar” sua perna na dela, se masturbava por baixo da mochila que colocou no colo.


Foto: Banco de Imagem

          Sobre essas atitudes, o psicanalista Sergio Zlotnic explica que há também uma sensação impotência ligada ao abusador. "Em alguns casos, eles só conseguem se excitar em relações não consentidas”. O psicanalista também lembra o que todos sempre dizem: “Quem abusa já foi abusado. O ato em si é perverso, mas não se pode afirmar que todos os abusadores o são”. Quando se fala do abusado, o cuidado deve ser dobrado. “Um simples pedido de ‘respeite meu espaço pessoal, por favor’ poderia eliminar muitos desses traumas. Há vezes em que o abuso é uma fantasia, uma projeção de quem se sente vítima”. Zlotnic afirma que, em certos casos, a abusada pode acabar sentindo prazer em algum momento, se culpar por isso, ficar envergonhada e não procurar ajuda.

           O que a pessoa que se sente abusada pode fazer? O Soldado Sales, do 14º Batalhão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, responde: “É indicado que a pessoa se muna de toda informação que puder e entre em contato com a segurança, no caso do Metrô e CPTM, ou com a própria Polícia Militar, quando estiver em trânsito dentro de algum ônibus”. Segundo o policial, informações das características do abusador – onde ele eventualmente tenha deixado o transporte, linha, número do carro e destino – são essenciais para que as devidas medidas sejam tomadas. “Já presenciei casos em que, ao fim da situação, a mulher não quis prosseguir com a queixa. Em outro, mesmo com a presença de um policial fardado, o abusador não se acanhou”. Para denúncias, as pessoas sempre podem contar com as Delegacias de Defesa da Mulher.

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