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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

FAHRENHEIT 451; UM BREVE COMENTÁRIO



FAHRENHEIT 451; UM BREVE COMENTÁRIO


No início não entendi muito bem, mas na continuidade percebi que o filme tinha muito a ver com o nazismo e seu regime totalitário. É bem verdade que o filme era futurista na visão dos anos 60 e foi uma adaptação de um livro ainda mais antigo. A  ideia central percebida esta no fato de haver uma proibição da leitura de livros porque os mesmos eram subversivos e traziam à tona ideais que se divergiam da visão governamental e, em particular, faziam com que as pessoas sentissem emoções que não estavam acostumadas.

O título do livro é bastante sugestivo pois apresenta a temperatura de queima do papel, 451º F, de acordo com nosso amigo de classe ( ex-graduando de FÍSICA ).
               O protagonista, Montag, era um sujeito que inicialmente demonstrava-se muito centrado na sua atividade de queimar livros, contudo apresentava uma expressão de fadiga ou insatisfação apesar do seu superior mencionar diversas vezes que ele seria promovido ao oficialato.
                     Apesar da aversão apresentada aos livros percebemos uma idolatria à televisão. Até onde pude perceber a TV exercia uma influencia mais poderosa sobre as famílias, pois parecia um reality show ou TV Interativa, mas com respostas pré-definidas. E assim a TV tornava os relacionamentos mais frios de acordo com a vida de Montag e sua esposa.
                       Outro poder da influencia da TV é que ela, por si só, já destruía qualquer desejo de leitura, haja vista que os livros “não falam a realidade”.  Um pequeno debate se instalou em sala de aula; será que a televisão continua reduzindo o relacionamento humano? Hoje os celulares, tablets e computadores estão exercendo o mesmo papel da TV na visão do autor do século passado?
                       Os romances criticados pelo capitão hoje viraram novelas... será que as novelas ainda estão influenciando o comportamento das famílias, notoriamente a parte feminina? Ler livros ainda é subversivo? Se não é, pelo menos quando no ônibus, sinto-me como um peixe fora D'Água ao abrir um livro e perceber que todos estão com fones de ouvido ou navegando nos seus dispositivos móveis.
                     Voltando a Montag! Notamos que ele tinha um relacionamento um tanto difícil com a sua esposa e só piorou a medida que ele conheceu uma jovem professora que conseguiu fazê-lo perceber que os livros não eram tão subversivos quanto os superiores tentavam pintá-los. Sua esposa, Linda Montag, estava convicta do mau representado pelo livro, mas Montag já começara a ficar descrente.
                       Apesar da expressão que Montag trazia, ele se dizia feliz. A separação da sua esposa foi inevitável por causa das convicções alteradas e pelo repentino desejo de Montag de ler livros obcecadamente e por ser contrário aquele pensamento de culto a TV e antissentimentalismo. Sua esposa não suportou e o denunciou e, logo após, foi embora de casa. 
                       A mudança do nosso protagonista está fundamentada, também, no fato de ter presenciado uma   Senhora que preferiu morrer com seus livros que para ele não tinham nenhum valor... e, com isto, o processo de leitura começou.
                       A leitura, podemos perceber, tem um poder transformador na vida do homem, e isto notamos quando Montag tem, aparentemente, até a sua personalidade abalada. Com um olhar positivo a mensagem que o filme transmite é notório que naquele momento os livros faziam mal a cabeça do protagonista e isto pode ser constatado quando ele, de acordo co o filme, se aborrece ao ser descoberto pelo capitão que o engana e atende a uma denuncia na sua própria casa. Lá chegando o capitão o obriga a queimar os livros, mas ele queima também outros objetos, notadamente a TV. A ira e insanidade tomou conta de Montag ao ponto dele queimar o próprio capitão... símbolo da aversão a leitura.
                     Um filme gerado pelos ideais de um escritor que aparentemente fez uma “grande viagem” ao elaborar tal trama. A saída que ele deu para seu protagonista foi se refugiar para uma aldeia onde os refugiados  desenvolveram uma técnica de memorização de livro e após queimava-o para não ser encontrado em condição de crime por portar tal livro. Os aldeões criam que chegaria um dia em que eles redigiriam os livros novamente.
                      A impressão que tive é que a professora, que fez a introdução dele no mundo da leitura, acabaria com ele e viveriam felizes para sempre. Muito pelo contrário,  o acordo era que não se veriam mais. Porém o ideal foi mantido... cada pessoa memorizaria um livro, logo após o queimaria aguardando para um dia reescrevê-lo. Se este dia não chegasse a história seria memorizada por um mais jovem que seria incumbido de manter a tradição. Dessa forma, foi quebrada aquela ordem de evitar a leitura de livros... embora pareceu-me nítido que o falecido capitão, na biblioteca da senhora que fora queimada, era um conhecedor profundo dos assuntos contidos nos livros daquela biblioteca.
                 Enfim, senti o desejo de ler o livro, haja vista que o mesmo já se encontra disponível em meio eletrônico. Na realidade, além de ler o livro futuramente, eu recomendo o livro e não o filme, pois a qualidade do som estava muito ruim. As ideias transmitidas, apesar da “Grande Viagem”, fazem repensar os relacionamentos interpessoais, o isolamento familiar, o esfriamento conjugal, além disso, podemos fazer um paralelo entre o poder da TV no passado e os meios de entretenimento mais modernos. Percebemos também uma crítica ao poder totalitário, a falta de incentivo a cultura, a inversão de valores, a influencia direta do governo na condução das famílias através de programas, a manipulação com oferta de promoção para manutenção da tradição estatal. Se o autor do livro que deu origem a esta obra cinematográfica não fez a ”Grande Viagem”, posso dizer que ele foi um grande visionário... Alguém que estava além do seu tempo.
                      
                      
Bibliografia


-       BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451.  Tradução de Mário Henrique Leiria. Gerou a obra cinematográfica dirigida por François Truffaut em 1966.


Reginaldo Silva de Lyra

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