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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aspectos psicossociais que envolvem o uso de substâncias psicoativas

Aspectos psicossociais 

que envolvem o uso de substâncias psicoativas

por: Rebeca Cavalcante Fontgalland
A droga altera o organismo, comportamento e consciência do sujeito
A droga altera o organismo, comportamento e consciência do sujeito.
´Há notícias do uso de drogas pelo homem vem desde os primórdios da sociedade, quando achados arqueológicos e desenhos pré-históricos demonstraram que provavelmente o uso e consumo de substâncias psicoativas vem desde os primórdios da humanidade. O Egito na antiguidade era conhecido por ser o armário de remédios do mundo, pois conheciam uma grande variedade de toxinas e substâncias psicoativas (SPA). O ópio era conhecido pelo egípcios desde 1500 a.C., isto estava descrito no papilo de ebers, os documentos medicinais mais antigos do mundo. Utilizavam as substâncias, como o olibano e mirra, em cerimônias e magias, além da cerveja vermelha.
Os maias possuíam uma variedade de SPA naturais, que usavam em rituais de adoração, para entrar em contato com os deuses e divindades. Nesta época, faziam uso de cravagem e cogumelos mágicos. Nos rituais dos Mistérios de Elêusis, na Grécia, faziam uso de uma bebida com centeio e um tipo de hortelã. Nestes rituais, ou reuniões, ou Assembleias, ou ainda Congresso, começava-se a purificação com queima de incensos de substâncias botânicas. O objetivo era induzir o espírito jovial, e assim poderem discutir sobre política. Dentre os gregos mais conhecidos está Hipócrates, o pai da medicina moderna. O veneno de cobra era uma das drogas mais comuns na antiguidade, por isso ela é símbolo da medicina.

O mais interessante nestas exemplificações de historicidade está no fato de que as drogas até então não tinham peso moral, não eram vistas em termos morais, eram vistas em termos religiosos, culturais e filosóficos. Os gregos, por exemplo, reconheciam o prazer que as substâncias proporcionavam como parte primordial de como viver uma boa vida. Embora tivessem a consciência de que o uso errado das substâncias fosse perigoso, por isso que o uso era controlado para uso somente nos rituais. Há relatos de uso em outras civilizações antigas e o uso continua até hoje em várias civilizações.

Droga vem do holandês Droog, que significa folha seca. A mesma começou sua história como remédio devido ao uso indiscriminado para fins recreativos, passou a ser considerada ilícita, principalmente quando saiu do âmbito médico, ganhando as ruas. Essas proibições permeiam até hoje em nossa sociedade.

Ou seja, no que se refere ao uso de drogas, quando o jovem resolver fumar maconha, aumenta a probabilidade de desenvolver uma doença pulmonar, ou sofrer consequências legais, sociais, psicológicas, conflitos familiares, baixo rendimento escolar, falta de atenção, ansiedade, entre outros. Mas, obviamente que o adolescente quando procura a droga é para se sentir bem, para diminuir alguma dor psíquica, alguma decepção, ou puramente por recreação a fim de sentir algum prazer com o uso de SPA, mas não procura usar a droga para sentir dor. Desta maneira, entende-se que o uso de drogas por parte do adolescente parte do princípio da busca pelo prazer e não da dor. E não só os adolescentes, mas em qualquer faixa etária, não se visa o uso de quaisquer substâncias psicoativas com a finalidade de sentir dor, mas somente prazer, ou para se sentir mais sociável nos grupos. O uso continuado e descontrolado pode gerar problemas bem maiores, como os supracitados.

Os fatores de risco mais comumente conhecidos e que também são vistos como fatores de proteção, isso vai depender do contexto em que está inserido, são: família, amigos, escola, sociedade (economia e emprego), comunidade e fatores individuais (as atitudes e predisposições do sujeito).

A família pode ser um fator de risco quando esta é desestruturada e sem possibilidades de dar um suporte ou um norte ao sujeito, quando esta está sem as mínimas condições de orientar o sujeito frente as dificuldades da vida e sobre as drogas propriamente dita. Ela passa a ser fator de proteção quando todos os fatores descritos estão a favor do sujeito, quando este é monitorado, orientado, levado em consideração, quando tem o apoio, aceitação e atenção dos pais ou responsáveis pela educação.

A concepção do que seja droga e remédio em parte está intimamente relacionado com a cultura. Na sociedade nativa, por exemplo, se ouve muito sobre remédio ruim e remédio bom; enquanto na nossa, normalmente, remédio está relacionado a algo que faz bem ao organismo, curando diversos males ou os tratando. Um fator primordial frente a estas discussões é que nem todas as substâncias psicoativas possuem a capacidade de ocasionar a dependência. Muitas delas possuem finalidades terapêuticas, produzindo efeitos benéficos, como tratamento de doenças. Um exemplo disso são os medicamentos.

Antigamente, as farmácias eram conhecidas como drogarias. Nelas eram vendidos inúmeros medicamentos e substâncias que hoje são consideradas ilícitas. Um exemplo disso é a cocaína, que era vendida como medicamento. Aqui permeia a discussão acerca do que realmente venha a ser droga.

Ora, toda substância que produz algum efeito no organismo, não deveria ser considerado como droga? Já que droga consiste em “qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.” (BRASIL, 2010, p.7). Então, os psicofármacos igualmente devem ser vistos como drogas. A diferença encontrada aí está no fato de entender quais dessas substâncias são lícitas ou ilícitas, hoje.

E essa denominação, sua produção e comercialização passam pelo âmbito político e econômico. Por que não conseguiram proibir o uso do álcool? A resposta para isso está no fato de que o mesmo está enraizado culturalmente na sociedade. E as drogas em sua grande maioria não estariam também?

O grande questionamento está no fato do significado que damos ao uso das substâncias psicoativas. Quando tomamos medicamentos para dor de cabeça, estamos na verdade fazendo uso de drogas? Quando fazemos uso de ansiolíticos para reduzir a ansiedade, estamos fazendo uso de drogas? A questão aqui colocada perpassa a forma de uso, e está impregnada no fato cultural de que se foi receitado pelo médico não faz mal e, logo, não é prejudicial, nem, portanto, é droga. Mas lembrem-se de que inúmeras das drogas proibidas hoje, já foram receitadas como medicamento há vários anos atrás e não muito longe disso. Um exemplo bem claro é a cocaína, como dito acima, e quem fazia uso dela eram, justamente, as donas de casa e seus filhos. Hoje, a cannabis sativa é usada de forma medicinal (maconha medicinal) em alguns países, em outros ela continua a ser proibida.

O consumo de drogas ilícitas está sendo um grande problema mundial e social, perpassando as diversas classes sociais e afetando a vida do sujeito numa perspectiva biopsicossocial. Diversos fatores estão envolvidos no uso de drogas, os chamados fatores de risco. E contrário a eles estão os fatores de proteção que ajudam o sujeito a se distanciarem das possibilidades do uso de SPA lícitas (como o álcool e o tabaco) e ilícitas.

O questionamento está relacionado a como as políticas de prevenção estão em sua grande maioria fracassadas, pois o foco de prevenção e de combate às drogas está totalmente desvirtuado. Como se pode combater as drogas, focando-se apenas no pequeno traficante, que às vezes é só um “laranja” ou está ali apenas pelo fato de que precisa ganhar um “troco” para comprar um par de tênis ou o leite do filho? O foco na verdade deve ir além dessa minúscula concepção de prevenção e combate. Se o foco estivesse voltado para o alvo certo, provavelmente, os fatores de risco não seriam tão preocupantes neste sentido.

Segundo Schenker e Minayo (2005)

"A expressão consagrada fatores de risco designa condições ou variáveis associadas à possibilidade de ocorrência de resultados negativos para a saúde, o bem-estar e o desempenho social (Newcomb et al., 1986; Jessor, 1991; Jessor et al., 1995). Alguns desses fatores se referem a características dos indivíduos; outros, ao seu meio microssocial e outros, ainda, a condições estruturais e socioculturais mais amplas (Zweig et al., 2002), mas, geralmente, estão combinados quando uma situação considerada social, intrapsíquica e biologicamente perigosa se concretiza." (p. 708-709).

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/53577/aspectos-psicossociais-que-envolvem-o-uso-de-substancias-psicoativas?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=66244491&utm_campaign=Top_10_-_085_-_Psicologia&utm_term=t92.yuw.wah1.gdvh.g.qyln.ls5ic#ixzz2uUCvi8f1

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