PENSANDO A TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA EM TRÊS DIFERENTES ABORDAGENS
Artigo por Allan Rooger Moreira Silva - sábado, 27 de setembro de 2014
![Conjunto das manifestações do inconsciente](http://static.portaleducacao.com.br/arquivos/imagens_artigos/2909201418095095407175_mod.jpg)
Conjunto das manifestações do inconsciente
Na Psicanálise Em Freud
Podemos conceituar a Transferência como:
Termo introduzido por Freud para designar um processo constitutivo do tratamento psicanalítico, no qual os desejos inconscientes do analisando concernentes a objetos externos passam a se repetir, no âmbito da relação analítica, na pessoa do analista, o colocando na posição desses diversos objetos. (Roudinesco E, Plon M, 1998)
Por sua vez, Contratransferência seria: "Conjunto das manifestações do inconsciente do analista relacionadas com as da transferência de seu paciente" (Roudinesco E, Plon M, 1998)
Freud traz em A Dinâmica da Transferência:
Cada indivíduo, através da ação combinada de sua disposição inata e das influências sofridas durante os primeiros anos, conseguiu um método específico próprio de conduzir-se na vida erótica (...). Isso produz o que se poderia descrever como um clichê estereotípico (...) constantemente repetido (...) no decorrer da vida da pessoa (...). (p.111)
Freud traz nesse mesmo texto que as relações de objeto que estabelecemos passam por um desenvolvimento. Advém disso que alguns conseguem se desenvolver até a realidade e outros não. O que se dá na transferência é que esses “impulsos” não desenvolvidos, que ficaram ao nível da fantasia, serão colocados em ação na figura do analista. Freud diz: “(...) a catexia incluirá o médico numa das séries psíquicas que o paciente já formou. (...) esta catexia recorrerá a protótipos, ligar-se-á a um dos clichês estereotípicos que se acham presentes no indivíduo.” (p.112)
Em Lacan
“Aquele a quem eu suponho um saber, eu o amo.” (Lacan, 2008, P. 91)
Lacan trata da dimensão apaixonada da transferência na relação da ignorância com a busca do saber. Saber esse que é não sabido, que não se sabe, pois está em consonância com o inconsciente. Klotz (1997), diz: “No ensino de Lacan a ignorância é uma paixão que ocupa um lugar central na análise. A transferência está ligada ao saber (...)” (p. 110)
Assim, cada paciente que recebemos na clínica se engaja em uma busca para saber algo sobre si, sobre o seu sofrimento. É exatamente isso que fará com que uma análise se dê, pois a transferência é o motor da análise. Esse paciente em tratamento “se torna ativo enquanto apaixonado: Ele é movido pela paixão.” (Ibid). Paixão essa orientada para um saber.
Podemos conceituar a Transferência como:
Termo introduzido por Freud para designar um processo constitutivo do tratamento psicanalítico, no qual os desejos inconscientes do analisando concernentes a objetos externos passam a se repetir, no âmbito da relação analítica, na pessoa do analista, o colocando na posição desses diversos objetos. (Roudinesco E, Plon M, 1998)
Por sua vez, Contratransferência seria: "Conjunto das manifestações do inconsciente do analista relacionadas com as da transferência de seu paciente" (Roudinesco E, Plon M, 1998)
Freud traz em A Dinâmica da Transferência:
Cada indivíduo, através da ação combinada de sua disposição inata e das influências sofridas durante os primeiros anos, conseguiu um método específico próprio de conduzir-se na vida erótica (...). Isso produz o que se poderia descrever como um clichê estereotípico (...) constantemente repetido (...) no decorrer da vida da pessoa (...). (p.111)
Freud traz nesse mesmo texto que as relações de objeto que estabelecemos passam por um desenvolvimento. Advém disso que alguns conseguem se desenvolver até a realidade e outros não. O que se dá na transferência é que esses “impulsos” não desenvolvidos, que ficaram ao nível da fantasia, serão colocados em ação na figura do analista. Freud diz: “(...) a catexia incluirá o médico numa das séries psíquicas que o paciente já formou. (...) esta catexia recorrerá a protótipos, ligar-se-á a um dos clichês estereotípicos que se acham presentes no indivíduo.” (p.112)
Em Lacan
“Aquele a quem eu suponho um saber, eu o amo.” (Lacan, 2008, P. 91)
Lacan trata da dimensão apaixonada da transferência na relação da ignorância com a busca do saber. Saber esse que é não sabido, que não se sabe, pois está em consonância com o inconsciente. Klotz (1997), diz: “No ensino de Lacan a ignorância é uma paixão que ocupa um lugar central na análise. A transferência está ligada ao saber (...)” (p. 110)
Assim, cada paciente que recebemos na clínica se engaja em uma busca para saber algo sobre si, sobre o seu sofrimento. É exatamente isso que fará com que uma análise se dê, pois a transferência é o motor da análise. Esse paciente em tratamento “se torna ativo enquanto apaixonado: Ele é movido pela paixão.” (Ibid). Paixão essa orientada para um saber.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/58104/pensando-a-transferencia-e-contratransferencia-em-tres-diferentes-abordagens?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=77817167&utm_campaign=Top_10_-_098_-_Psicologia&utm_term=_02bj5.cbp.f.wbn.b0bl.r3.yp.n.hcv.r.x.yyl.hb#ixzz3QH5ZYrSw