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PSICANÁLISE: SAÚDE FÍSICA E EMOCIONAL

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE OBREIROS DE SACRAMENTO; CCOS-ADS

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE OBREIROS 

DE SACRAMENTO


          SE VOCÊ SENTE O CORAÇÃO ARDER QUANDO ESTUDA A PALAVRA DE DEUS, SE TEM SEDE DE APRENDER E GOSTA DE TRABALHAR PARA O SENHOR PRECISA FAZER CONOSCO O CCOS.
          O CURSO FUNCIONA NA QUINTA-FEIRA ÁS 19:30. CERTIFICADO EMITIDO PELO STPLM ( NÍVEL BÁSICO ); O TEMPO MÉDIO DO CURSO É DE DOIS ANOS E MEIO PODENDO SER CONCLUÍDO EM MENOS TEMPO DEPENDENDO DA DINÂMICA DE ESTUDO DO ALUNO. AS DISCIPLINAS SÃO MINISTRADAS EM MÓDULO, ISTO É, A QUALQUER MOMENTO ADMITIMOS NOVOS ALUNOS. 

DISCIPLINAS




1-INTRODUÇÃO BÍBLICA
2-TEO SISTEMÁTICA
3-PENTATEUCO
4-EVANGELHOS
5-GEOGRAFIA BÍBLICA
6-RELIGIÕES E SEITAS
7-TEOL PASTORAL
8-EVANGELISMO
9-ESCOLA DOMINICAL
10-LIVROS HISTÓRICOS
11-LIVROS DE ATOS
12-HISTÓRIA DA IGREJA
13-HERMENÊUTICA
14-HOMILÉTICA
15-LIVROS POÉTICOS
16-EPÍSTOLAS
17-PARACLETOLOGIA
18-LIVROS PROFÉTICOS
19-TIPOLOGIA
20-ESCATOLOGIA


REQUISITOS 
PARA
MATRÍCULA

1- E-MAIL
2- CARGO NA SUA IGREJA
3- IDENTIDADE
4- CPF
5- COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA
6- DECLARAÇÃO DO SEU PASTOR
7- CARTÃO DE MEMBRO
8- TAXA DE MATRÍCULA ( R$ 40,00 )
9- MENSALIDADE: R$ 40,00 


II Timóteo 2:14-16
14 - Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 - Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 - Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.



DIRETOR DO CURSO: Pr- PAULO CÉSAR RIBEIRO DE MARINS
SECRETÁRIO: EV-REGINALDO SILVA DE LYRA
AUXILIAR ADMINISTRATIVO: THAUANY DA C. R. DE LYRA
EXECUÇÃO FINANCEIRA: EV-WAGNER ABREU
MARKETING: AT- LUCAS DE MENDONÇA GUIMARÃES

PROFESSORES: 
Pr- PAULO CÉSAR RIBEIRO DE MARINSEV-WAGNER ABREU
EV-GENIVALDO BATISTA
EV-REGINALDO SILVA DE LYRA
ANGELA FARIAS DE NAZARÉTH GOMES



IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM SACRAMENTORua Caminho dos Quinins, 378, Sacramento–SG - RJ. Filial da Assembléia de Deus em Rio do Ouro Ministério de Madureira – CONEMAD - RJ         CONTATOS: (021)  7670 - 7093 / 9941 - 6100;  E-mail: ads15anos@gmail.com; r.l.yr@hotmail.com

quinta-feira, 11 de abril de 2013

EM DEFESA DA PSICANÁLISE E DA SAÚDE MENTAL!!!


EM DEFESA DA PSICANÁLISE E DA SAÚDE MENTAL!!!



               TEM PESSOA QUE CRITICA ESTE TRABALHO PORQUE NÃO TEM NINGUÉM NA SUA FAMÍLIA QUE SOFRE DE "UM DESSES MALES", CONTUDO SABER RECONHECER ESTE MAL E TOMAR AS DEVIDAS PROVIDÊNCIAS PODE ALIVIAR O SOFRIMENTO DE MUITOS FAMILIARES... PSICANÁLISE NÃO É RELIGIÃO, MAS ALIVIA A DOR NA ALMA!!!
                    O RESSENTIMENTO E A FALTA DE PERDÃO SÃO TREMENDAMENTE DESTRUTIVOS PARA O PSIQUISMO... NÃO CONTEMPLO NESSA FALA A QUESTÃO DA SALVAÇÃO PARA OS EVANGÉLICOS, QUE POR SI SÓ JÁ SERIA UMA GRANDE PERDA. MAS FALANDO DA "RENEGADA" PSICANÁLISE QUEREMOS RESSALTAR QUE OS RESSENTIMENTOS E FALTA DE PERDÃO ATUAM TÃO PROFUNDAMENTE QUE COMEÇA A CAUSAR A SOMATIZAÇÃO.
                 A LITERATURA PSICANALÍTICA INFORMA QUE SURGEM POR CAUSA DESSES MALES OS PROBLEMAS ESTOMACAIS, DORES NAS JUNTAS, PROBLEMA DE COLUNA E ATÉ UM INTERESSANTE RELATO DE UMA MULHER QUE TINHA AS MÃOS MIRRADAS E OS MÉDICOS NÃO CONSEGUIRAM REVERTER A SITUAÇÃO. DURANTE A FISIOTERAPIA, A PACIENTE FOI BENEFICIADA PORQUE O FISIOTERAPEUTA ERA PSICANALISTA, E, DESSA FORMA, FEZ UMA INTERVENÇÃO PSICANALÍTICA E PERCEBEU QUE ELA ESTAVA DAQUELA FORMA POR CAUSA DO ÓDIO QUE SE INSTALARA NO SEU CORAÇÃO POR SER ABANDONADA PELO MARIDO. NA REALIDADE O MARIDO A DEIXARA SOZINHA COM DOIS FILHOS E FOI MORAR COM UMA JOVEM. AQUELA MULHER FICOU COM TANTA IRA QUE SOMATIZOU E O PSICANALISTA FEZ UMA REORIENTAÇÃO EMOCIONAL E ELA FICOU CURADA DA SUA DOENÇA INTERIOR,. ISTO É, DA ALMA.
                EXISTE  TAMBÉM   O   CASO   DE  UMA  JOVEM  QUE  ENTROU NA ADOLESCENCIA  E  FICOU APARENTEMENTE MUITO REBELDE, INSEGURA, SE ENTREGANDO A VÁRIOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS, POSSESSIVA E AUTO-DESTRUTIVA. AS PESSOAS COMEÇARAM A INTERPRETAR COMO UM ADOLESCENTE REBELDE, MAS OS ANOS FORAM PASSANDO E AS CRISES FORAM AUMENTANDO E ELA COMEÇOU A ENTRAR NUM QUADRO DEPRESSIVO. CHEGANDO A IDADE ADULTO FOI NECESSÁRIO PROCURAR UM ESPECIALISTA E PERCEBERAM QUE O CASO DELA NÃO ERA TÃO SIMPLES... ELA ERA BORDERLINE!
              OUTRO FATO INTERESSANTE É A QUESTÃO DE ALGUNS CASAMENTOS QUE ESTÃO FALIDOS POR CAUSA DA FALTA DE HABILIDADE DOS CÔNJUGES DE PERCEBEREM UM TRANSTORNO DO HUMOR CHAMADO      
DE BIPOLARIDADE, QUE NO SEU SINTOMA MAIS SIMPLES SE EXPRESSA ATRAVÉS DA MUDANÇA DE HUMOR DE FORMA REPENTINA E SEM UMA CAUSA BEM ESPECÍFICA... SIMPLESMENTE A PESSOA PASSA DA ALEGRIA PARA TRISTEZA, DO BOM HUMOR PARA IRA. E ISTO DESTRÓI RELACIONAMENTOS E LEVA A SEPARAÇÃO QUANDO NA REALIDADE A PESSOA AFETADA DEVERIA BUSCAR TRATAMENTO.
                  POR FIM,  CONHECI  UM  HOMEM  QUE POR  CAUSA DAS CRISES FINANCEIRAS ASSOCIADAS A OUTROS PROBLEMAS NÃO RELATADOS, ENTROU NUMA DEPRESSÃO PROFUNDA AO PONTO DE COMETER SUICÍDIO...
        NÃO PODEMOS BRINCAR COM A DOR NA ALMA DAS OUTRAS PESSOAS, PRECISAMOS FAZER A IDENTIFICAÇÃO E ORIENTAR ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS. NINGUÉM QUER ADMITIR A NECESSIDADE, MAS QUANDO A DOR APERTA SURGE O PSICANALISTA AJUDANDO AS PESSOAS NA REELABORAÇÃO DAS QUESTÕES EMOCIONAIS.

                    BOA SORTE; PENSE NISTO. ALGUÉM PODE PRECISAR DA TUA ORIENTAÇÃO.


EV-REGINALDO SILVA DE LYRA, PSICANALISTA.




      " A função da psicanálise é levar o analisado conhecer-se a si mesmo; isto é, leva-lo ao auto conhecimento.”


        Não existe nenhuma restrição médica ou clínica para a pessoa não ser psicanalisada; desde que possua a capacidade de pensar, falar e raciocinar livremente suas idéias (entre a inteligência e imaginação) e estando em sua normalidade mental.
     A Psicanálise não possui efeitos colaterais ou indesejados à saúde física e mental; ela não prescreve medicação alguma, apenas lida com o conteúdo submerso no inconsciente humano, no intento de re-orientar o ser humano.
     Descobrindo assim suas neuroses e com liberdade de pensamento e verbalização das emoções e desejos reprimidos; a pessoa estará habilitada para re-organizar e re-orientar a sua vida. A persistência e freqüência nas sessões também pode ser um fator decisivo.
     Psicanálise só não é indicada para quem não quer mudar nada e que não queira conhecer-se! Fazer análise é ter coragem para fazer uma travessia de ida e volta ao nosso "Céu" ou ao nosso "inferno" sem querer aqui dar uma conotação religiosa aos termos, mas sim filosófica.
     Fazer análise nos ensina como melhor lidar com as "próprias" neuroses e aflições humanas!
     Na análise há a verdadeira possibilidade da libertação do "humano mais humano" que reside dentro de cada um."





quarta-feira, 10 de abril de 2013


Ansiedade pode ser causada por cérebro “insensível”

Ana Carolina Prado 5 de janeiro de 2012
          Os ansiosos frequentemente são classificados como hipersensíveis: eles seriam pessoas mais facilmente afetadas pelos acontecimentos e que se sentem ameaçadas com mais facilidadeque as outras. Mas um estudo da Universidade de Tel Aviv sugere que o problema deles pode ser justamente o contrário: talvez eles não sejam sensíveis o suficiente.
          O estudo visava entender como o cérebro processa o medo e a ameaça em indivíduos ansiosos e não ansiosos e foi publicado na revista científica Biological Psychology. Para isso, os pesquisadores Tahl Frenkel e Yair Bar-Haim mediram a atividade elétrica cerebral de 240 voluntários enquanto viam imagens que lhes provocavam medo e ansiedade. Um dos testes envolveu um conjunto de imagens que mostravam uma pessoa parecendo progressivamente mais temerosa, em uma escala de 1 a 100. Quando os participantes ficavam ansiosos, a atividade em seus neurônios aumentava e, consequentemente, a elétrica também.
          O resultado surpreendeu: a resposta cerebral dos não-ansiosos foi bem mais intensa aos estímulos do que a dos ansiosos. Em outras palavras, os ansiosos, que teoricamente deveriam apresentar maior sensibilidade na percepção de ameaças, demonstraram serfisiologicamente menos sensíveis a mudanças sutis em seu ambiente.
          Para os autores do estudo, os não-ansiosos parecem ter um “sistema de alerta precoce” no subconsciente, o que lhes permite perceber com antecedência tais sinais e se preparar antes que possam reconhecer conscientemente a ameaça. Por outro lado, pessoas ansiosas podem ter um déficit nesse tipo de sensibilidade, o que faz com que tenham uma reação menor a estímulos ameaçadores sutis. Quando a ameaça fica mais clara, eles acabam sendo surpreendidos e muitas vezes reagem mais fortemente por causa disso. Assim, o que se parece com hipersensibilidade em seu comportamento é na verdade a tentativa da pessoa ansiosa de compensar um déficit na sensibilidade de sua percepção.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS


A prática clínica infantil constitui-se em grandes desafios para o psicanalista. Embora a Psicanálise seja a clínica do sujeito, a clínica com crianças nos coloca frente a algumas questões relevantes. Receber uma criança para tratamento já nos coloca diante da interrogação: de quem se trata, quando se trata de uma criança?
Há que se considerar a relação de transferência, fundamental num processo analítico, atravessada por algumas especificidades que são diferentes para o sujeito adulto. A demanda, comumente, não nos chega enquanto demanda da criança, mas do casal parental, de um técnico ou de uma Instituição. Sendo necessário que haja um desdobramento transferencial para possibilitar o surgimento da demanda da criança.
É preciso lembrar que estamos diante de um corpo-sujeito em processo de formação biológico e psico-estrutural (necessariamente não correspondentes), atravessado por uma multiplicidade de saberes a ele destinado, quais sejam: a Pediatria, a Pedagogia, a Psicologia, entre tantos outros das áreas de Saúde e de Educação; existe uma demanda social estabelecida. Os clichês de normalidade já estão montados quanto aos ideais de desenvolvimento, enquadrando como patologias ou desvios os indivíduos fora dessa ordem preestabelecida, obturando exatamente a possibilidade de subjetivação desse corpo sujeito em formação.
Considerando esse contexto social e de desenvolvimento humano, peculiar a condição e de ser da criança, o desafio é ainda maior em se identificar e sustentar a demanda quando o atendimento é solicitado para um portador de necessidades especiais. É recorrente que os pais tragam a criança, em seu discurso, como um objeto real, excluída de sua subjetividade.  Também é frequente buscarem o atendimento infantil, ainda, tomados pelo lamento ou angústia sobre a perda do filho “ideal”, aderidos à marca real no corpo de seu filho; perdidos em sua função tutelar, buscando orientações em como proceder.
Nesse sentido, já fica explicita uma demanda do par parental, e a existência implícita ao atendimento infantil, de que há um luto a ser trabalhado e elaborado pelo grupo familiar. Há uma tentativa de recobrir a falta, há um pedido de algo seja curado, retirado. Como manejar com o pedido dos pais de homogeneizar a heterogeneidade do pequeno sujeito em formação? 
O bebê humano nasce em condições precoces, inscreve-se na cultura sempre pela via do desejo de “um” outro, é Desejo de Desejo; a linguagem incide sobre o corpo engendrando as pulsões. A criança não traz inscrito no corpo nenhum sistema ou código que lhe defina com o que acalmar seu mal estar. A priori é um feixe pulsional fragmentado e é uma ação psíquica de fora, ou seja, os significantes da mãe, ou de quem ocupe esse lugar, que age sobre ela na tentativa de responder às suas insatisfações (JERUSALINSKY, 1989).
 No plano imaginário, um bebê é engendrado para obturar a falta, ser o falo da mãe. O investimento narcísico de uma mãe faz de sua criança o resumo de suas idealizações, mesmo não o sendo. O nome do pai precisa fazer-se presente, operando enquanto barra ao gozo da simbiose mãe e filho. A função paterna em alguma medida vai ser falha, visto que, a demanda imaginária que ela engendra é total e a resposta possível é sempre parcial.  
O filho desejado, idealizado, é incompleto.  Qualquer humano ao nascer o que traz em termos constitucionais é a atividade reflexa com expressões do tônus muscular; existindo assim no nascimento a dimensão de um luto, o filho, obturador da falta é faltante. Essa dimensão de luto se agrava, quando essa criança traz no corpo algum impedimento de conferir aos pais a ilusão de resposta esperada; devolver ao retorno do investimento libidinal feito sobre o mesmo.
Acolher ao discurso dos pais é a abertura para que um processo possa ser constituir. Sustentar a relação transferencial com esses é a condição de assegurar, pelo menos um espaço para que a criança possa advir. É a possibilidade de fazer emergir o lugar desse filho no mito familiar. “O sintoma da criança se encontra no lugar de responder àquilo que há de sintomático na estrutura familiar” (Lacan 1998).  
Um filho ao ser desejado e idealizado vem com a “missão” impossível de preencher um lugar, atender a suposição de que há um objeto apaziguador que recobre a falta. Visto que, o objeto adequado não existe e é como faltante que um sujeito se constitui, é preciso que haja uma queda desse lugar idealizado viabilizando o pequeno ser a construir as próprias respostas, escapando do lugar a ele destinado no desejo do mito familiar.
O casal parental procura tratamento para seu filho com uma demanda recoberta pela prevalência do imaginário. Eles vêem queixar-se de alguma coisa. “O sintoma, eis o fato fundamental da experiência analítica, se define nesse contexto como representante da verdade” (Lacan, 1998). Há que se possibilitar de que possam se utilizar da linguagem e depositar, pela via da transferência, seu “mal estar” no sujeito suposto saber, eleito por eles para o tratamento de seu filho.    
O desdobramento da fala dos pais constitui-se em campo aberto para o deciframento da verdade desse par no projeto a que foi destinado esse filho. “O sintoma pode representar a verdade do casal. Aí está o caso mais complexo, mas também o mais aberto às intervenções” (Lacan, 1998). Qual a verdade do casal que o sintoma da criança oculta?
Quando a criança nasce com qualquer indicativo orgânico que a impede de responder as expectativas imaginárias dos pais, o embotamento da verdade da estrutura familiar torna-se mais mistificado ainda e com maior resistência a sua decifração. Uma vez que há dificuldade de um reconhecimento narcísico e, conseqüentemente de investimento libidinal.
É inevitável que haja certo impasse nesse contexto, não se trata de negar a realidade dos fatos. Porém, é preciso que o analista atente para esse embotamento e que não se coloque também aderido a essa demanda imaginária da impossibilidade orgânica da criança. “O sintoma somático dá a máxima garantia a esse desconhecimento; ele é o recurso inesgotável conforme os casos, a testemunhar culpabilidade, a servir de feitiço, a encarnar uma primordial recusa” (Lacan, 1998).
Outra questão peculiar nesses casos, testemunha da recusa, e da vacilação da parceria, é um dos pares se ausentar da cena e deixar a cargo apenas de um, a procura incessante por diversos profissionais “da infância” na busca da cura do incurável. É importante intervir acolhendo a quem vier fazer-se cargo dessa função e convocar o genitor ausente a vir depor sua queixa, falar de seu luto e colocar-se a trabalhar a sua própria decifração.
Muitas são as nuances que se apresentam na clínica infantil. O mito da estrutura familiar se reedita não apenas no casal que representa a criança, mas ainda pertinente ao mito das gerações passadas na família de cada genitor em particular.  No infantil que repercute na estruturação desses sujeitos que agora respondem pela continuidade do romance familiar.
Sustentar a demanda dos pais é importante, tem sua função, mas segue até o limite que viabilize a escuta da criança. Faz-se necessário preservar o espaço próprio para a análise da criança, na medida em que ela suporte o corte e a ausência dos pais da cena. Atentando para a singularidade de cada situação, às vezes, para que a escuta continue profícua, é preciso encaminhar os pais para o próprio tratamento, fato que favorece a separação e a análise da criança.
Refletir a clínica psicanalítica com crianças é aprender e produzir na singularidade de cada caso. Nessa medida é recorrer à experiência própria que fundamenta a psicanálise, a experiência do inconsciente do sujeito aprisionado em sua verdade, uma verdade da qual ele nada quer saber e menos ainda se haver com ela. Em se tratando da criança, é sempre ameaçador o encontro desse pequeno sujeito com sua verdade diluída no mito familiar.    
Cito a poeta Lya Luft:
Fruto de enganos ou de amor,Nasço de minha própria contradição.O contorno da boca,A forma da mão, o jeito de andar(sonhos e temores incluídos) Virão desses que me formaram.Mas o que eu traçar no espelhoHá que se armar tambémSegundo o meu desejo.Terei meu par de asasCujo vôo se levanta dessesQue me dão a sombra onde eu cresço- como, debaixo da árvore,Um cauleE sua flor.


Fonte: http://artigos.psicologado.com/abordagens/psicanalise/psicanalise-infantil-nuances-do-atendimento-a-crianca-com-necessidades-especiais#ixzz2PwBGXOno
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